Blogia
tracymacgrady

Watch Movie Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo 720px Without Paying Streaming Online

3.4/ 5stars

⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇

WATCH

⇑⇑⇑⇑⇑⇑⇑⇑

 

 

Genres=Horror; Quentin Dupieux; France; 1hour 17minutes; Release year=2019; Creators=Quentin Dupieux.

Georges ( Jean Dujardin) é um homem obcecado. Após abandonar sua esposa, ele saca boa parte do dinheiro que tem em conta em busca de comprar uma jaqueta especial, relembrando um clássico do estilo faroeste. Ao adqurí-la, sob o custo de 7. 300 euros, ele fica totalmente admirado, ganhando ainda uma câmera de presente de seu vendedor. Porém, a obsessão começa a ganhar contornos de uma certa insanidade quando Georges inicia suas conversas com a jaqueta e ela estabelece, em conjunto dele, um plano único: ser a única jaqueta no mundo. Como atingir esse objetivo? Bom, fazendo um filme. Você pode agora estar se perguntando se realmente leu tudo escrito anteriormente. E, bom, é realmente sobre isso que  Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo trata, nessas relações bastante malucas do protagonista. A sua relação especial e totalmente iconográfica com o faroeste (ele diz o tempo inteiro que é o estilo “matador”) vai ganhando contornos ainda maiores quando ele compra luvas, botas e ainda ganha uma calça e pega um chapéu. Torna-se um ser nesse estilo mais clássico possível, sendo algo que almeja desde o prinpício. E, não, não pense que estou falando uma obra na qual retrata isso de uma forma totalmente séria. Isso aí, muito pelo contrário. O diretor e roteirista  Quentin Dupieux usa e abusa de um comédia de absurdos, algo típico de um cinema dos anos 70 e 80, e assim como em seus filmes anteriores. Entretanto, ao usar essa base, o cineasta traz para uma relação satírica do mundo contemporâneo, especialmente a relação material capitalista, retratada com força em Rubber, de 2010. Entretanto, toda sua encenação não busca uma complicação mais dramática ou até de gênero para isso. Ele se utiliza dessas ligações modernas para fazer sua narrativa sempre parecer totalmente absurda. A cada novo segmento, um novo absurdo é colocado em pauta. Só a trama aqui – da mesma forma em Rubber – já é um absurdo por si só. Mais do que apenas apresentar esses elementos, é interessante a forma que o cineasta transborda isso para um desenvolvimento no universo. Um exemplo claro disso é a personagem Denise ( Adèle Haenel. Ela, aparecendo inicialmente como uma atendente em um bar, tranforma-se na editora desse “filme” proposto por Georges. Nessa película cinematográfica, a busca é apenas uma: pegar as jaquetas das diversas pessoas. Denise, aliás, até traz um momento de uma ironia própria do longa ao interpretar tudo que está sendo filmado pelo personagem principal. Segundo ela, aquilo representaria a “casca humana na atualidade do mundo”. Novamente, um absurdo colocado em tela na qual acaba corroborando para toda essa mítica. Toda a história toma aos poucos uma autoconscienciência bastante empolgante. A produção, em que parece buscar um exagero a todo parte em seus primeiros 40 minutos, toma um certo rumo afim desse exagero, não usando apenas ele como subterfúgio único. Cada pequena cena constrói algo mais impressionante e quase catártico, especialmente pelo nível das piadas chegar a algo até deveras extravagante. Nesse sentido, a metalinguagem toma forta de retratar quase um “processo” cinematográfica, de uma certa obsessão por aquilo tudo – relacionado ao filme feito. Quentin Dupieux  realiza em  Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo  um filme que parece não se propor a nada, porém consegue economizar bem toda sua encenação a apenas um fim: a loucura. Sua insanidade narrativa funciona afim de catapultar os pequenos elementos apresentados anteriormente. A jaqueta, que ganhou vida própria com Georges, pode ser a mesma coisa futuramente sob os ombros de alguma outra pessoa. Toda essa estética do ilógico fecha em uma perfeição ímpar, trazendo algo do nada para tela. Bom, se Monty Phyton poderia querer algum representante contemporâneo – dada as devidas comparações. o cineasta parece saber reconhecer bem o humor do grupo. Comentários.

A jaqueta de couro é uma peça essencial no guarda roupa masculino. Por ser uma peça que combina para qualquer ocasião, independente do traje que você irá vestir, ela acaba se tornando muito utilizada nos dias de frio. Isso faz com que seja necessário tomar alguns cuidados com a peça feita de couro. O couro, quando não é bem cuidado, acaba estragando muito mais cedo do que deveria, fazendo com que você precise ficar comprando novas peças, quando poderia ter aproveitado elas por mais tempo. Portanto, para fazer com que a sua jaqueta de couro dure mais, você deve seguir essas dicas: 1) O calor pode estragar o couro. O couro em contato com o calor pode ressecar, fazendo com que a sua jaqueta comece a realmente descascar. Por isso, colocar a sua jaqueta no sol pode ser muito prejudicial para ela, fazendo com que ela fique danificada e até mesmo deformada. O mesmo ocorre com o ferro de passar roupas. Evite passar esse tipo de jaqueta, para não criar maiores danos na peça. Mas caso ela esteja realmente amassada, nunca coloque o ferro diretamente no couro, utilize algum pano grosso sobre a jaqueta e passe as partes mais amassadas. 2) É preciso saber guardar a jaqueta adequadamente. Guardar a jaqueta de couro no guarda roupa e deixá-la junto com as outras jaquetas de frio pode fazer com que ela estrague. Isso porque a jaqueta de couro precisa ser guardada em um local fresco e arejado, para evitar fungos. Evite guardar essa jaqueta em sacos plásticos, pois eles impendem que o couro respire. Por isso, encontre um local mais adequado para guardar a sua jaqueta para que ele tenha mais tempo de uso. Não esqueça de deixar ela em um cabide, para evitar marcas e amassados desnecessários. Quanto mais largo for o cabide, melhor. 3) Nunca guarde a jaqueta molhada. Se você saiu e pegou chuva com a sua jaqueta, nada de guardar ela assim. Antes de guardá-la, passe um pano nela e depois deixe ela secar completamente em temperatura ambiente antes de guardá-la. O mesmo vale para quando você for passar um pano úmido na sua jaqueta para limpá-la. Antes de guardar tenha certeza de que ela já está completamente seca. 4) Hidrate o couro. O couro pode ser hidratado para que dure por mais tempo, tendo sempre um aspecto de novo. Para hidratar o couro você pode passar um hidratante comum de pele (sem cheiro) com auxílio de um pano. Existem produtos que são específicos para hidratar o couro. Você pode utilizá-los caso não se importe em gastar um pouco mais. Porém, um hidratante comum já deve evitar que o couro resseque. Depois de aplicar o hidratante, deixe ele secando naturalmente antes de guardar a sua jaqueta. 5) A lavagem deve ser feita por um profissional. Se você perceber que o couro está precisando de uma boa limpeza, é aconselhável que você leve para uma lavanderia, pois lá eles terão os equipamentos necessários para limpar, higienizar e secar a sua jaqueta de uma forma que não traga danos. Se você cuidar adequadamente de sua jaqueta, limpando e hidratando periodicamente, esse procedimento de limpeza com profissional pode ser adiado ou até mesmo evitado. Deixe essa lavagem para quando for realmente necessário. O que fazer em caso de mofo? O mofo é muito comum nas jaquetas de couro, principalmente quando elas ficam guardadas em locais inadequados e com pouca ventilação. Caso você perceba que a jaqueta está cheia de manchas brancas, ficando com um aspecto acinzentado, isso é mofo! Para limpar o mofo você pode utilizar vinagre claro, com o auxilio de um pano. Ao passar o pano você percebe que o mofo e a sujeira ficam toda nele. Depois de passar o vinagre, você deve secar o couro com outro pano. Então espere um tempo e passe um hidratante. Nesse caso você pode usar o óleo de amêndoas, pois ele ajuda a tirar o cheiro do mofo e também do vinagre. Despeje óleo diretamente no couro e espalhe com as mãos. Você pode deixar uma boa camada de óleo no couro. Espere cerca de 15 minutos para que o couro absorva o óleo e depois é só tirar os excessos. Dessa forma você irá cuidar adequadamente da sua jaqueta de couro, fazendo com que ela dure por mais tempo, sempre com um aspecto de novo. É interessante que você faça a limpeza e a hidratação de sua jaqueta cerca de duas vezes por ano.

Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies. Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade. “Estilo matador” Matheus Fiore - 9 de dezembro de 2019 O filme de Quentin Dupieux já nasce fadado a quebrar convenções. Uma das principais convenções do audiovisual, por exemplo, é apresentar a ideia central da obra já em seu ato de abertura, algo que “Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo” joga no lixo ao nos permitir compreender plenamente qual a proposta de Dupieux apenas no segundo ato. Mas a narrativa criada pelo francês vai além: seu longa também parte de um cinema mais formal (não no sentido de forma fílmica, mas no de rigidez) para transformar-se em um slasher descompromissado com as lógicas narrativas mais típicas. “A Jaqueta de Couro de Cervo” acompanha um sujeito que se isola em um hotel no interior da França com sua recém adquirida jaqueta de couro de cervo. O personagem, quando perguntado sobre o que faz, reluta antes de inventar a história de que é um diretor de cinema. Curiosamente, esse protagonista, Georges, de fato se torna um diretor ao longo do filme. “A Jaqueta” apresenta um personagem que, inicialmente, parece totalmente à deriva, até que encontra-se justamente nas experiências, improvisos e sugestões que surgem de suas interações com outros personagens. A primeira metade do filme sugere um desdém para um tipo de cinema mais pretensioso, como o do diretor Yorgos Lanthimos. Não à toa, a trilha aposta em arranjos de cordas semelhantes ao de “O Lagosta” em situações que, a priori, não sugerem nenhuma tensão clara. O fato de o próprio protagonista apresentar-se como um diretor sem mesmo ter ideia de o que está fazendo – algo que fica claro quando ele expõe não saber sobre o que é seu projeto – reitera essa crítica à arte “pedante” de diretores como Lanthimos. O interessante, porém, é como Georges aos poucos dá vida a uma obra totalmente instintiva e bruta, um verdadeiro slasher, no qual ele sai para caçar pessoas e roubar seus… Casacos. Sabendo aproveitar o humor de maneira crescente – se as primeiras cenas causam apenas estranheza, todas as bizarrices que surgem e a forma caricata com que os personagens lidam com ela fazem o ato final ser uma piada completa –, “A Jaqueta” desconstrói nossas impressões iniciais para transformar-se em um filme muito mais direto e distante das complexidades que o ato inicial poderia sugerir. As incertezas, sutilezas e mistérios são substituídos por um filme que parece guiado unicamente pelos instintos de seu protagonista. O sujeito de terno que inicia a projeção, logo, se torna um verdadeiro vilão; nas suas próprias palavras, no “estilo matador”, como Jason, Freddie e Myers. Texto originalmente publicado como parte da cobertura do Plano Aberto do Festival do Rio de 2019. Para conferir toda a nossa cobertura, clique aqui.

La piel de cervon. Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo chega aos cinemas em janeiro e acaba de ganhar novo trailer (Imagem: Reprodução) A comédia  Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo acaba de ganhar seu trailer legendado, que foi recentemente divulgado pela  California Filmes. A produção francesa tem a direção do cineasta vencedor do Oscar Quentin Dupieux, que também nasceu no país da Europa. O diretor já esteve por trás de outros longas, alguns deles conhecidos do público. São eles Au Poste! Réalité, Rubber, Wrong e Wrong Cops: Os Maus Policiais. A história acompanha a trajetória de Georges, interpretado pelo ator Jean Dujardin. Nosso protagonista encontra uma fascinante jaqueta de couro que fará com que sua vida sofra uma virada e mude radicalmente da noite para o dia. A peça, no entanto, passa a ser sua principal obsessão, o que faz com que ele chegue a uma jornada de possessividade, ciúmes e até um comportamento psicótico. Sem se dar conta, ele acaba se tornando uma pessoa totalmente diferente. Diretor fala sobre a produção A jaqueta, é claro, não se trata simplesmente de uma peça de roupa. O diretor falou (via Pipocas Club) a respeito do filme e explicou um pouco sobre a trama. “Em Deerskin eu queria filmar a loucura. Eu tenho o rótulo de um diretor que faz filmes malucos, mas nunca tinha filmado a loucura. Eu realmente queria me confrontar com um personagem que descarrila, sem artifício, sem meus truques habituais. Aqui, o personagem é concreto. O mundo ao seu redor também. Você poderia passar por alguém como Georges na rua. Você poderia até ser o Georges e isso é assustador”, disse. VEJA TAMBÉM: Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo foi exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes de 2019 e também fez parte da seleção do Festival de Cinema do Rio. A estreia nos cinemas acontece no próximo dia 23 de janeiro de 2020. Veja o trailer legendado de Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo: Formado em Marketing, é apaixonado por assuntos relacionados a entretenimento e televisão, no geral. Viciado em redes sociais e conteúdo para a web, acompanha esses tópicos há cerca de 15 anos. Ex-colaborador de outros sites de entretenimento. Comentários.

I was expecting an absurd comedy. This was not a comedy, although I did laugh twice. Não me pergunte minhas opiniões sobre arte porque eu não tenho nenhuma. Preocupações estéticas tiveram um papel menor em minha vida, e eu tenho que rir quando um crítico fala, por exemplo, de minha ‘paleta. Eu acho impossível perder horas em galerias analisando e gesticulando. – Buñuel, Luis ( Meu Último Suspiro) Acho que, em termos de premissa bizarra, Quentix Dupieux jamais conseguirá ultrapassar seu Rubber, o Pneu Assassino, mas Deerskin – A Jaqueta de Couro de Cervo esforça-se para chegar perto e, no final das contas, é mais bem sucedido em sua execução. No filme, um homem compra sua jaqueta de couro de cervo dos sonhos, que não só é de segunda mão, como também tem aquelas franjas à la Davy Crockett, por “meros” sete mil euros e, com a câmera de filmar que ganha de brinde, isola-se em um hotel no meio do nada com lugar nenhum sem um centavo no bolso e começa a usar a desculpa que inventa de ser um cineasta para realizar os sonhos que ele e a jaqueta (sim, ele e a jaqueta…) passam a ter: de aquela ser a única jaqueta do mundo e ele ser o único a vestir a única jaqueta do mundo. Jean Dujardin vive Georges, o tal homem enamorado com sua jaqueta nova que mal cabe nele e que arregimenta o trabalho de Denise ( Adèle Haenel) uma bartender local que diz amar montagem cinematográfica, para produzir sua obra-prima que é o disfarce mal-ajambrado para ele se desfazer de todas as jaquetas do mundo. E, bem ao estilo Dupieux de escrever e filmar, tudo é tratado como se fosse mais um dia qualquer, sem maiores contextualizações ou estranhamentos dentro da narrativa, com a dupla de atores imediatamente funcionando juntos e estabelecendo uma química que, juntamente com a premissa absurdista da obra, carrega o breve filme nas costas. Um dos aspectos que o longa satiriza é a tentativa de se impor significados à arte, mesmo que em alguns casos não exista nenhum, pelo menos nenhum que possa ser racionalizado. E, curiosa e ironicamente, ao fazer isso, Dupieux desafia o crítico de sua arte a racionalizar seu próprio filme sem cair em sua armadilha espertamente armada. No entanto, a tentativa de racionalizar uma criação de terceiros faz parte da natureza humana e ela é sempre válida, como Denise tenta fazer em relação ao pseudo-filme de Georges. E essa meta-brincadeira é parte do recheio saboroso de A Jaqueta de Couro de Cervo, exatamente na mesma linha que o “ no reason ” tem em Rubber. Ao colocar o espectador em uma sinuca de bico, Dupieux, sempre de forma jocosa, lança seu desafio e espera reação, transformando seu Georges em uma versão dele mesmo fazendo seu filme de baixíssimo orçamento em um local ermo tendo como figurino, apenas, a tal jaqueta de “estilo matador”. Para ajudar nessa sensação de que estamos mesmo vendo um filme aleatoriamente tirado da cachola de seu diretor, a escolha da câmera na mão (como é a câmera na mão de Georges) é perfeita, mas com Dupieux tendo o cuidado de não tremer além do estritamente necessário para emular os movimentos desengonçados de seu protagonista que não faz ideia sobre o que é ser cineasta, algo que é revelado em diálogos construídos para serem constrangedores ao limite e que dão a impressão de serem parte roteiro, parte improviso e tudo capturado em um único  take, sem ensaios. E a premissa surreal vai ganhando mais camadas estranhas na medida em que a fixação de Georges por couro de cervo se intensifica até sua metafórica transformação que leva ao final perfeito, irretocável mesmo (e doido varrido, mas com sentido na doideira. Mais uma vez responsável pela montagem de seu próprio filme, Dupieux, aqui, acerta em cheio nesse quesito. Se sentimos uma barriga em Rubber e um completo descontrole em Os Maus Policiais, aqui nada disso acontece. A cadência é constante e os cortes suaves e lógicos que seguram o ritmo e fazem o longa avançar constantemente em uma espiral cada vez mais explícita e louca, com um humor negro de se tirar o chapéu (de couro de cervo, claro) especialmente considerando que Dujardin consegue chegar a um excelente equilíbrio entre seriedade, paródia e auto-consciência do quão ridículo – e triste – é seu personagem. Nunca considerei o ator particularmente brilhante, nem mesmo no badalado O Artista, mas, aqui, Dupieux tira o melhor dele deixando-o criar um personagem memorável em seu silêncio e seu narcisismo. A Jaqueta de Couro de Cervo, com toda sua bizarrice, é um prato cheio para a caça de significados em conversas de bar. E olha, eles estão lá, mesmo que a busca pelos significados em si seja um dos significados possíveis. Mas uma coisa é certa: o espectador nunca mais encarará uma jaqueta de camurça da mesma maneira depois dessa experiência. E nem pás de ventiladores, claro… Deerskin – A Jaqueta de Couro de Cervo (Le Daim, França – 2019) Direção: Quentin Dupieux Roteiro: Quentin Dupieux Elenco:  Jean Dujardin, Adèle Haenel, Albert Delpy, Coralie Russier, Laurent Nicolas, Marie Bunel,  Pierre Gommé, Caroline Piette Duração: 77 min.

Can't remember last time that I saw a movie so stupid. YouTube. Por em 11 de dezembro de 2019 O cinema de Quentin Dupieux é conhecido por ter uma excentricidade absurda. Foi assim com Rubber, filme protagonizado por um pneu, Wrong e Wrong Cops. Seu novo produto, Deerskin – A Jaqueta de Couro de  Cervo mostra Georges, um homem digno de pena,  em crise conjugal (fato que o faz soar solitário) e que procura uma peça de roupa peculiar, uma jaqueta de pele de cervo, que segundo ele, o deixa com um estilo matador. Georges é um homem com claros problemas de tato e relacionamento, e o roteiro não faz questão nenhuma de explicar o porquê dele ser assim. Seu intérprete,  Jean Dujardin está irreconhecível quase, de tão diferente que está, faz um homem que embarca em qualquer mentira para se manter por cima, revelando sua miséria existencial ao dar atenção as vozes que povoam sua cabeça, e ao mentir para as pessoas a sua volta, entre elas, a garçonete Denise, papel de Adèle Haenel. As fantasias que Georges propõe com suas ações se confundem entre possíveis viagens de seu combalido esta mental débil e uma possível interferência espiritual semelhante a que Danny Torrance teve em O Iluminado e Doutor Sono. O quadro vai ficando mais grotesco ( e hilário) com o decorrer do filme, quando ele gradativamente encontra outras peças de pele de cervo. A medida que ele vai se revestindo dessa armadura natural ele vai agindo ainda mais como um estranho que fugiu deu um manicômio, encontrando eco para suas sandices através do viés artístico de um cinema mais lírico e experimental, embora que conduza esse “cinema” não tenha muita noção de como conduzir a arte. Dupieux aposta boas fichas na metalinguagem com a sétima arte e isso dá ainda mais substancia e textura a loucura que Georges acredita ser a realidade e o norte para sua vida. Seus rumos vão fazendo crescer o caráter nonsense, e a quebra de expectativa, que poderia soar forçada, vai sendo cada vez mais magnânima e grandiloquente a medida que se brinca com questões sérias como assassinato em série e psicopatia. As atuações são otimas, sobretudo Dujardin e Haenel e todo o clima provinciano do cenário que povoa os pouco mais de 70 minutos de fita faz toda a trama macabra  soar cada vez mais épica, até o momento do ato final,  com um desfecho que faz valer ate a nomenclatura teatral dr atos para os momentos pontuais da trama. Deerskin é uma pérola do grotesco, não tem medo de ser inusual e aborda dramas típicos da vida adulta como carência e solidão de maneira leve sentimentalmente, e violenta como é a trajetória da humanidade desde que se entendeu por gente. Facebook –  Página  e  Grupo, Twitter, Instagram, Spotify.

La piel de cervolix. La piel de cuervo.

In a role that was made for Jean Dujardin, he acts like he has been doing this for a long time. By 'this' I mean executing an eccentric project that is about to take over his life and muddle his relationship with the world. And by 'the world' I mean the sorry village that his Georges character travels to after buying a vintage jacket made of 100% deerskin which also marks his obsession with it, something that both induces laughter in its audience and also highlights the crazy, primal nature of obsessive compulsion characterized by depression, loneliness, and unconditional enmity against the humankind. I have no words to describe the virulent turn Le daim (Deerskin) takes as Georges laughingly has his way by conspiring with himself to take forward his obsession with his deerskin jacket, which I should add is 'killer style' in his own words. Whether it is the inflated price that he pays for the second-hand jacket or the newfound skill of videography or mistaking a film editor with a creditor, Le daim has been written in a way that is guaranteed to make you laugh every five minutes. The outlandish plot, accentuated by terrific performances by Dujardin and Adele Haenel (who acts with her face and that's enough) and also by the peculiar style of referral writing (where the aftermath of an event in a scene is shown in the following one or the one after that) by director-writer Quentin Dupieux makes this comedy crime drama a blast experience. I can't recommend it more and I am definitely going to be watching more of Dupieux's work. Bravo! TN.
(Watched and reviewed at its India premiere at the 21st MAMI Mumbai Film Festival...

"French absurdist Quentin Dupieux, also known as Mr. Oizo in the music sphere, emerging with his mega-single FLAT BEAT circa the millennium, he is a computer wiz adept in sampling an aleatory style of electronic beats and strains. Starting from directing music videos, his sideline diet of filmmaking has a consistent output since NONFILM (2002) with sui generis quirks like RUBBER (2010) and WRONG (2012) DEERSKIN is his eighth feature, debuted in the Directors' Fornight at Cannes, it is by far his most hyped one, not least by the headliners of Jean Dujardin and Adèle Haenel."
read my full review on my blog: cinema omnivore, thanks.

Message: Sammydress offers a gorgeous selection of affordable and unique clothing, shoes, bags, beauty and accessories. Get your FREE 50 now: click here to get started. Partilhar umCOMO Casa Limpeza da Casa Cuidar e Limpar a roupa Lavar roupa à mão Como lavar uma jaqueta de couro Imagem: Existem algumas peças de roupa que são indispensáveis no nosso guarda roupa, e a jaqueta de couro é uma delas, tanto no guarda roupa feminino como masculino. No entanto, esta peça de roupa tão cobiçada exige alguns cuidados especiais, para conservar, por mais tempo, o brilho do dia em que foi comprada. Não deve colocar este tipo de peças na máquina de lavar e muito menos utilizar produtos químicos para a sua limpeza. Continue lendo este artigo de e saiba como lavar uma jaqueta de couro. Vai precisar de: Pano macio Hidratante para couro Limpador para couro Passos a seguir: 1 Tal como foi dito anteriormente, não deve lavar a jaqueta de couro na máquina de lavar, pois poderia danificá-la. Deverá lavá-la usando apenas um pano úmido. Se estiver muito suja, poderá usar um pano com água morna e sabão neutro. Conseguirá assim, eliminar quaisquer tipos de resíduos, poeiras ou sujidade. 2 Se vir que o pano ficou muito sujo, passe por água e limpe novamente a jaqueta. Lembre-se que o pano deverá estar apenas úmido, tente evitar ao máximo o excesso de água. Não deve encharcar o couro com água, nem mesmo se tiver manchas de mofo. 3 Se mesmo depois de utilizar um pano úmido em água morna e sabão neutro, ainda existirem áreas manchadas, poderá borrifar a jaqueta com limpador de couro e esfregar suavemente com um pano macio. Evite utilizar panos que não sejam macios ou esponjas, pois poderão riscar o couro. 4 Depois de limpar a jaqueta, poderá utilizar um hidratante específico para o couro, que poderá encontrar nas sapatarias. Se não tiver este produto, uma dica que poderá utilizar é um hidratante corporal de cor clara e sem essência forte. 5 Deverá secar a jaqueta de sol ao sol e ao vento. Tenha cuidado e não deixe a jaqueta ao sol nas horas de maior intensidade de calor nem durante muitas horas, pois o excesso de sol poderá desbotar o couro. Se pretende ler mais artigos parecidos a Como lavar uma jaqueta de couro, recomendamos que entre na nossa categoria de Limpeza da Casa. Conselhos Nunca coloque as jaquetas de couro em armários úmidos ou com mofo, nunca as deixe também em plásticos ou capas e não as guarde quando estão úmidas. Escrever comentário sobre Como lavar uma jaqueta de couro vinicius 18/04/2018 Boa noite, minha jaqueta de couro, ficou muito tempo guardada, esta com um cheiro de mofo muito forte, como posso tirar esse cheiro sem danificá-la? Obrigado e aguardo seu retorno. Editor 19/04/2018 Oi Vinicius! Você já testou as dicas do artigo? Jacimar 16/08/2016 Caso estiver necessitando de lavar a forração, qual o procedimento? Marilza 26/07/2016 Após esse processo de limpeza com pano úmido eu posso mergulhar a jaqueta em água para enxaguar. ione salvath santos 27/06/2016 comprei uma jaqueta de couro e veio com um cheiro muito forte horrivel o que fazer Mara 05/01/2016 Meu marido tem uma jaqueta de couro nabuco que tá muito suja, como faço pra puder me ajudar agradeço! Ricardo 12/12/2015 Como lavar e identificar quando e couro Talita 06/07/2016 Preferencialmente, lavar com detergente neutro ou sabão liquido para roupas delicadas. Esfregar levemente com as mãos, jamais em máquinas, pois danifica o couro. Importante tira todo o resíduo de sabão, enxaguar bastante, pode apenas centrifugar e colocar para secar ao avesso quando exposto ao em um cabide. Depois de seca, hidratar com um produto especifico para couro que você encontra em sapatarias ou lojas voltadas para artigos deste porte. Silvana Monteiro 14/11/2015 Obrigada pelas dicas, só faltou uma explicação, sobre como se faz com a parte de dentro da jaqueta. Bjs sheila 06/09/2015 E como se lava por dentro? Afinal, mesmo no frio, a pessoa transpira, tem o cheiro de perfume, e ainda o odor de roupa guardada muito tempo. O artigo ficou devendo muito. Fraco, fraco anna jacy duarte scherer 08/08/2015 foi de muita utilidade o artigo, Pois livrou-me de colocar as jaquetas na maquina de lavar Monica Roratto 29/07/2015 E quando a maquete estiver suja por dentro na parte de tecido? Voltar ao topo da página.

A Jaqueta de Couro de Cervo Vídeos Créditos Críticas dos usuários Críticas da imprensa Críticas do AdoroCinema Fotos Filmes Online notar: 0. 5 1 1. 5 2 2. 5 3 3. 5 4 4. 5 5 Vou ver Escrever minha crítica Sinopse e detalhes Quando Georges (Jean Dujardin) encontra uma fascinante jaqueta de camurça, sua vida muda completamente, de um dia para o outro. A vestimenta passa a ser sua principal obsessão e o leva até uma jornada de possessividade, ciúmes e comportamento psicótico. Quando menos percebe, Georges se tornou uma outra pessoa.  Classificação indicativa a definir por Distribuidor California Filmes Ver detalhes técnicos Críticas AdoroCinema Certo dia, Georges (Jean Dujardin) observa o próprio casaco de veludo no reflexo do carro. Ele passa a detestar o tecido. Corre até o banheiro, arranca a peça de roupa e a joga na privada num gesto de desespero. Então, o alívio. Georges respira de novo. Na cena seguinte, paga um preço exorbitante por uma jaqueta de camurça de segunda mão. Agora ele é um homem novo. O diretor Quentin Dupieux filma estas cenas como se o protagonista estivesse cometendo um assassinato brutal, e depois adquirisse uma nova identidade para fugir à polícia. O projeto começa apresentando cenas banais no estilo de um crime para, em seguida, retratar crimes reais com aparência de banalidade. A jaqueta de camurça, personagem principal deste filme, nunca é apenas uma peça de vestuário. O cineasta sempre demonstrou o prazer pelas comédias absurdas, seja humanizando objetos (o pneu assassino de Rubber) seja confe... Ler a crítica Trailer 1:11 Elenco Ficha completa 10 Fotos Curiosidade das filmagens Quinzena dos Realizadores Filme de abertura da 51ª edição da Quinzena dos Realizadores. Últimas notícias Se você gosta desse filme, talvez você também goste de... Mais filmes similares Comentários.

12 ANOS 77 minutos Direção Quentin Dupieux Título original Le daim Gênero: Ano: 2019 País de origem: França Sinopse Georges encontra uma rara jaqueta de camurça e sua vida muda completamente. A vestimenta passa a ser sua principal obsessão e o leva até uma jornada de possessividade, ciúmes e comportamento psicótico. Quando menos percebe, Georges se tornou outra pessoa. Ou será que sua personalidade real aflorou? Crítica Estranho é pouco. Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo é uma produção francesa bastante peculiar, isso para dizer o mínimo. O protagonista é Georges ( Jean Dujardin) sujeito solitário capaz de comprar uma peça démodé por mais de 7000 euros. Não dá para saber com exatidão o motivo do interesse pela vestimenta que lhe extasia como nada. Os primeiros momentos do filme, puramente de contexto, são um tanto modorrentos, com esse estranho se aclimatando à pequena localidade na qual aparentemente se exila após uma separação traumática. O único diálogo, ao telefone, com a ex-exposa dá o tom dessa animosidade residual. Mas, no fim das contas, a conjuntura é descartável, pois o cineasta Quentin Dupiex se foca na relação excêntrica do homem com a japona (feia, aliás. Da euforia por possui-la, ele passa a um estado de companheirismo literal. Os dois “conversam” e criam "juntos" planos mirabolantes para exterminar as demais jaquetas do mundo. Apenas quando entra em cena a garçonete/montadora Denise ( Adèle Haenel) – cujos autointitulados feitos se resumem a ter reeditado amadoristicamente Pulp Fiction (1994) colocando-o na ordem cronológica – é que o filme consegue ultrapassar a pura esquisitice para lançar mão de questões instigantes. Georges coloca na cabeça, talvez nesse caminho de reinvenção que sobrevém ao divórcio, que é um cineasta em processo de realização de algo decente. Ele sai gravando paisagens aleatoriamente, registrando o amor por sua jaqueta orgulhosamente feita cem por cento com couro de cervo. Denise, por sua vez, aparentemente cai no conto do vigário e aceita emprestar-lhe dinheiro para a sequência das filmagens "interrompidas" em virtude da falta de comunicação com produtores inexistentes numa inventada rodagem de segunda unidade na Sibéria. Uma pena que o longa não se aprofunde nas pessoas, nos contratos que ambas aceitam ou propõem por absoluta solidão. Todavia, há um ganho substancial quando Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo soma ao nonsense uma faceta próxima ao trash. Georges vira matador, cada vez mais vestido de couro de cervo, numa obsessão que ganha ares patéticos e, por isso, próprios à comédia. Além disso, usa uma das pás do ventilador para fazer vítimas e registrar tudo em sua câmera. Há um óbvio deleite nesse processo de apropriação dos códigos dos filmes B, algo que Quentin Dupiex já tinha demonstrado em Rubber: O Pneu Assassino (2010) no qual o protagonista é um pneu que sai matando pessoas com seus poderes telecinéticos, isso antes de se sentir atraído por uma jovem. Nessa seara o cineasta demonstra um domínio bem maior que em outras. Exemplo disso é que cenas fetichistas, tais como a afiação da arma no asfalto, funcionam muito mais do que a lenga-lenga encarregada de desenhar um pano de fundo à personalidade singular desse homem tarado por camurça. A se lamentar, também, que o interesse de Denise por aquelas imagens “cruas, selvagens” não se configure numa abertura eficiente à sinalização do cinema como forma de registro e/ou representação. Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo é mais curioso do que necessariamente bem-sucedido, em parte por conta desses desperdícios que vão se acumulando, noutra em virtude de uma morosidade até chegar ao que lhe define melhor. Adèle Haenel dá conta de criar uma coadjuvante importante, especialmente por fazer às vezes de única testemunha dos esforços cinematográficos de George. Ele, por sua vez, é interpretado com o carisma de sempre por Jean Dujardin, mantendo-se geralmente insondável e imprevisível, numa composição que assinala características essenciais para que “compremos” os absurdos que desfilam pela telona. Há cenas impagáveis, como a recuperação da aliança do morto. Porém, o saldo é mediano, com coisas boas e ruins de alternando. As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo. Bio Últimos Posts Jornalista, crítico de cinema e membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Ministra cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ e no Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" 2016. Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" 2017) e "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" 2018. Editor do Papo de Cinema.

La piel de cervoise. As jaquetas de couro são peças chave no armário de qualquer pessoa: além de transporem muita elegância quando combinadas com looks sociais, também é… As jaquetas de couro são peças chave no armário de qualquer pessoa: além de transporem muita elegância quando combinadas com looks sociais, também é possível lançar mão de um visual mais despojado ao usá-las até mesmo com as roupas do dia-a-dia. Saiba como escolher sua jaqueta de couro ideal Seu advento na moda culminou nas décadas de 50 e 60, quando a juventude rebelde adotou essa peça baseando-se no estilo dos antigos motoqueiros. Portanto, quem era detentor de um espirito revolucionário e queria sair da casualidade, deveria apostar em uma jaqueta de couro combinada com as  calças jeans desfiadas ou demais roupas personalizadas. Inove o seu visual sabendo mais sobre como desfiar o jeans. As jaquetas permanecem com tudo nos dias atuais Hoje em dia, usar jaquetas de couro nunca sai das grandes tendências da moda de Inverno e os modelos são cada vez mais diferentes e ousados – trata-se de uma aposta que veio para ficar definitivamente no visual de muitas pessoas. Por isso, na hora de comprar a sua peça, todos os cuidados são necessários para saber como escolher a ideal. Saiba mais: Como escolher uma jaqueta de couro A maioria das pessoas se detém à estética da jaqueta ou das demais peças de roupas, porém a atenção deve ser tomada em todos os seus aspectos. Observe detalhadamente o seu produto antes de comprá-lo Primeiramente inicie observando a qualidade do tecido, como também o seu revestimento. Como o couro possui um cheiro característico, devemos nos certificar se estamos realmente adquirindo um item legítimo. Feito, repare bem nas costuras de sua jaqueta de couro, a fim de notar se o produto não possui um mau acabamento ou excesso de forros e tecidos. Caso haja, o desconforto será inevitável. No provador O fator de peso antes de tomar qualquer decisão deve ser o conforto, portanto não economize nos movimentos: abra os braços, feche-os, sente-se e simule ações diárias para observar se a numeração ou o modelo de jaqueta de couro escolhido é adequado para o seu corpo. Não economize nos movimentos na hora de escolher a sua peça Ao escolher uma jaqueta de couro, tanto os homens como as mulheres devem reparar se a sua costura é rente aos ombros, visto que a função desta peça de roupa é valorizar a postura e dar mais forma ao corpo. Com essas pequenas dicas você poderá usufruir de uma peça durável, que certamente inovará o seu guarda-roupas. Veja também alguns modelos de j aqueta aviador e prepare-se para inovar neste Inverno.

La piel de cervo. A Jaqueta de Couro de Cervo Vídeos Créditos Críticas dos usuários Críticas da imprensa Críticas do AdoroCinema Fotos Filmes Online Curiosidades Bilheterias Filmes similares Notícias Certo dia, Georges ( Jean Dujardin) observa o próprio casaco de veludo no reflexo do carro. Ele passa a detestar o tecido. Corre até o banheiro, arranca a peça de roupa e a joga na privada num gesto de desespero. Então, o alívio. Georges respira de novo. Na cena seguinte, paga um preço exorbitante por uma jaqueta de camurça de segunda mão. Agora ele é um homem novo. O diretor  Quentin Dupieux filma estas cenas como se o protagonista estivesse cometendo um assassinato brutal, e depois adquirisse uma nova identidade para fugir à polícia. O projeto começa apresentando cenas banais no estilo de um crime para, em seguida, retratar crimes reais com aparência de banalidade. A jaqueta de camurça, personagem principal deste filme, nunca é apenas uma peça de vestuário. O cineasta sempre demonstrou o prazer pelas comédias absurdas, seja humanizando objetos (o pneu assassino de Rubber) seja conferindo importância desproporcional a fatos corriqueiros (a acusação infundada em Au Poste. Desta vez, ele propõe uma síntese dessas abordagens, personalizando a camurça enquanto transforma uma mentira (o falso filme que Georges afirma estar preparando) num projeto de consequências fatais. O humor se encontra na subversão das proporções e do tom, investindo no ridículo deste suspense crescente sobre um homem obcecado pela nova jaqueta. O recurso poderia soar superficial, porém Dupieux impressiona pelo refinamento de sua abordagem. Primeiro, a roupa se torna um excelente símbolo para descrever a personalidade deste homem mitômano, sem dinheiro, abandonado pela esposa e sem profissão. A jaqueta se transforma num elemento de controle, uma vida nova que constrói a si mesmo, uma maneira de fugir instantaneamente à dor do abandono representada pela blusa anterior. Seria simplório considerar Georges um louco qualquer: ele corresponde à figura do macho abandonado, sem qualidades profissionais ou morais, e dependente do status e da imagem para se construir enquanto indivíduo. Talvez por isso ele pratique com tamanha facilidade uma série de assassinatos comandados pela persona da jaqueta: Georges não se importa com ninguém, tampouco nutre sentimentos por suas vítimas. Ao mesmo tempo, a jaqueta se torna um objeto de culto e de erotismo: o único momento de tensão sexual ocorre ao encostar a pele na camurça que aos poucos toma conta de sua mente e seu corpo (cobrindo os pés, a cabeça, as pernas. Quando uma mulher oferece seu corpo ao homem solitário, e outra jovem solitária aparenta estar disponível, Georges ignora o apelo: apenas a obsessão o move. É interessantíssimo o modo como Dupieux filma a humanização do casaco em paralelo com a objetificação do protagonista. Nas conversas entre ambos, inicialmente vemos o protagonista criando a voz fantasma da jaqueta, até os enquadramentos tirarem Georges de cena e a voz emanar diretamente do tecido, em off. Em paralelo, quanto mais camurça coloca em seu corpo, mais frágil o protagonista se torna. Deerskin desenvolve, através de pouquíssimos personagens e uma atmosfera de fábula infantil, um curioso jogo de poderes. Quem controla quem, entre Georges e a jaqueta? Quando Denise ( Adèle Haenel) entra na equação, fornecendo dinheiro para o suposto filme do amigo, quem se tornará o verdadeiro diretor? Nesta história sangrenta sobre a busca desesperada de dois solitários por um sentido na vida, o roteiro consegue fazer com que a jaqueta, no final, se sobreponha a todos. Mesmo quando parece não se desenvolver, o roteiro encontra uma maneira de unir as histórias paralelas da roupa e do filme-dentro-do-filme, atando todas as pontas soltas (a vizinha pela janela, o garoto silencioso) de modo catártico e plenamente funcional em termos narrativos. Por trás da brincadeira de aparência inconsequente, o diretor demonstra um domínio estético e narrativo precioso, além de refinar um gesto autoral que vem construindo desde as primeiras obras. Cada silêncio, cada enquadramento levemente fluido constrói uma espécie de humor improvável, que nasce da linguagem cinematográfica ao invés de piadas fáceis ou diálogos espirituosos. Por trás das risadas nervosas ou do aceno à loucura existe uma angústia existencial que une perfeitamente o humor ao terror. Filme visto no 72º Festival Internacional de Cinema de Cannes, em maio de 2019. As últimas críticas do AdoroCinema Comentários.

La piel de cuervos. La piel de cierto.

 

 

 

0 comentarios